BLOCO 1
CENA I
Externa Noite / Comunidade.
Numa Roda de samba Madalena se diverte chamando a
atenção de todos por ali. Enquanto isso Toninho está num boteco enchendo a
cara. Ao mesmo tempo que está completamente embriagado, parece transtornado.
Anda pelo beco da comunidade meio que cambaleando. Madalena desce apressada do
ônibus se dirige para sua casa, no beco sua tia lhe espera.
NILDA:
- Mulher, tu num sabe como é teu marido?...
MADALENA:
- Já chegou?
NILDA:
- Faz
tempo. E tá daquele jeito...
MADALENA:
- Lascou!
NILDA:
- Num é melhor tu ir lá pra casa?
MADALENA:
- Pra que? Só pra mudar o barraco
de lugar? Seja lá o que Deus quiser! (Madalena
segue)
NILDA:
- Que vida é essa?! (Resmunga)
CENA II
Interna Noite / Casa.
Toninho está completamente embriagado, tem ódio em
seu olhar, pega um porta retrato num móvel, olha com ódio para a foto de
Madalena, está tomado pelo ciúmes, joga-o no chão que espedaça, dá mais um gole
em sua bebida. Madalena entra.
MADALENA:
- Toninho?!
TONINHO:
- Sua vadia... Tava com os machos...
MADALENA:
- Para com isso, não sabe que está dizendo, homem... (Ele dá um tapa na cara dela. Madalena cai
batendo a cabeça na mesa, fazendo um corte na testa) Olha o que você fez...
Não fiz nada!
TONINHO:
- Isso é muito pouco pelo que vou fazer... (Tira o cinturão)
MADALENA:
- Você tá louco!
TONINHO:
- Tô... Tô loco pra deixar minha marca nessa tua cara cínica. (Pega ela pelos cabelos a arrasta para o
quarto, Carol a filha do casal ouve os gritos da mãe, sem poder fazer nada.
Senta-se em um canto e chora)
CENA III
Interna Dia / Apartamento.
Beth procura desesperada a chave do carro que não
consegue encontrar em meio a bagunça.
LOW:
- Posso
ajudar?
BETH:
- Meu Deus! Parece que as coisas se escondem nessa casa...
LOW:
- Por que será?
BETH:
- Sem piadinhas Low... Ah, estou atrasada, ainda tenho que passar no
supermercado...
LOW:
- Procurando por isso? (Mostra as
chaves)
BETH:
- Que chato! Sabia onde estava o tempo todo... (Ele rir) Dá isso aqui...
LOW:
- Vem pegar...
BETH:
- Low, deixa de brincadeira... Estou atrasada.
(Ela tenta pegar)
CENA IV
TRANSIÇÂO
COMUNIDADE / CIDADE NOITE / CIDADE DIA.
PRÉDIO DE
BETH E LOW
VADEMAR:
- Bom dia Rosinha?!
ROSA:
- Rosa. Não dou essas confianças... (Gostando)
Que intimidade é essa? Quem vê pensa...
VADEMAR:
- Cada dia mais jeitosa.
VADEMAR:
- Só que me faltava! Vem cá... Te conheço? Deixa de intimidade, eu
recramo com o sindico.
VADEMAR:
- Ai papai! Que pequena difícil! Oh, Rosa...
ROSA:
- Pra você sou dona, dona Rosa. Entendeu, Valdemar? Dona Beth, tá ai?
VADEMAR:
- Tá sim...
ROSA:
- Avisa que tô subindo...
Se dirige
requebrando para o elevador. Para e olha pra José.
ROSA:
- Valdemar... Visualiza, dá um close. Viu? Num é pro teu bico não! (Entra no elevador)
VADEMAR:
- Eita, pequena difícil...
CENA V
INTERNA / DIA / APARTAMENTO
(Beth tentando pegar as chaves)
LOW:
- Vem pegar...
BETH:
- Dá isso aqui!
(Campanhia. Beth atende)
(Entra Rosa)
LOW:
- Chegou nossa salvadora!
BETH:
- Low... as chaves... (Ele joga, ela agarra) Liga não Rosa,
tem homem que pensa que trabalhos domésticos, é só pra mulher.
LOW:
- Ei... Espera ai... (Pega a
mochila) Dá uma carona. (Sai)
Rosa olha
para bagunça e se espanta.
ROSA:
- Jesus!
(Câmera
fecha nela)
TRANSIÇÃO DIA
CENA VI
EXTERNA / DIA/ SUPERMERCADO
Beth está saindo do supermercado a caminho do
estacionamento tem algumas sacolas nas mãos, encontra Madalena, tem um curativo
perto da sombra selhas e óculos escuro.
BETH:
- Mada?!
MADALENA:
- Beth?!...
BETH:
- Que coincidência boa!
MADALENA:
- Quanto tempo,
Beth!
BETH:
- Pois é! Está indo pro estacionamento?
MADALENA: (Confusa,
sem graça)
- Claro!
BETH:
- Posso ajudar? Meu carro está...
MADALENA:
- Não,
que isso... Tudo bem... Eu vou pro outro lado...
BETH:
- Certo. Mas, anota ai meu celular... (Há uma confusão entre elas) Vai... me passa o teu, estou com as
mãos mais livres. Melhor, leva meu cartão.
MADALENA:
- Tá
certo.
BETH:
- Mas me liga mesmo! Temos muito que conversar. Vamos colocar nosso papo
em dia.
MADALENA:
- Tá
certo Beth. Ligo sim... Então, vou nessa! (Dão
beijinhos. Madalena sai, Beth a observa)
CENA VII
INRTENA / DIA / BAR
No balcão do bar Low toma uma
cerveja enquanto desabafa com Paulo.
PAULO:
- É melhor ir devagar...
LOW:
- Hoje tô
daquele jeito! Que se dane a razão!
PAULO:
- Calma,
meu amigo. É assim mesmo, essas coisas acontecem.
LOW:
- Diz
isso por que não é com você. Nina? Traz outra.
PAULO:
- Hei. Pega leve!
LOW:
- Dizem
que a vida começa aos quarenta... a minha parece que está chegando ao fim.
PAULO:
- Deixa de exagero. Vai pra casa esfria a
cabeça... Logo encontrará uma solução...
PAULO:
- Tá
certo! Ficar aqui choramingando não vai adiantar de nada. Paga a conta. (Se levanta e sai)
PAULO:
Pago né?.
Nina... A conta.
NINA:
- Nossa, hoje achei o Low tão pra baixo.
PAULO:
- Que
continue em baixo Nina, problema é se passar por cima de um viaduto...
NINA:
- Não
entendi!
PAULO:
- Nada
Nina, nada! (Vira ao contrário bebe um
último gole e resmunga) Depois, eu é que sou dramático.
CENA VIII
Externa Dia / Rua.
Ao sair com o carro do estacionamento Beth vê
Madalena subindo num ônibus. O ônibus passa na frente do carro de Beth, Beth
tem a visão de Madalena na janela do ônibus. Põe seu óculos escuro e dá
partida. Segue o ônibus.
CENA IX
Interna Tarde / Apartamento.
BETH:
- Oi
Rosa...
ROSA:
- Deixa
eu lhe ajudar... (Pega algumas sacolas)
BETH:
- Ual!
Parece outra casa.
ROSA:
- Fiz o
melhor que podi.
BETH:
- Sempre
caprichosa! (Guardando as compras)
ROSA:
- Que
isso dona Beth, só faço meu trabalho.
(Low
passa pela porta da cozinha e vai em direção ao banheiro)
BETH:
- Me dá só um tempinho.
(Vai até
o banheiro. Low está na pia lavando o rosto)
BETH:
- Que houve?
LOW:
- Agora não, Beth.
BETH:
- Low...
LOW:
- Depois...
BETH:
- Seja lá o que for... Não está
sozinho.
Beth sai Low fica se olhando no espelho, parece meio transtornado. Ao
fundo voz de Beth se despedindo de Rosa. Low fecha a porta do banheiro. Câmera
fecha na porta.
CENA X
INTERNA / CASA DE NILDA.
NILDA:
- Até
quando Madá?
MADALENA:
- O que?
NILDA:
- Vai
viver assim? Levando essa vidinha desgraçada.
MADALENA:
- É meu
marido, não é?
NILDA:
- Chama
esse demônio de marido?
MADALENA:
- É o pai
da minha filha.
NILDA:
- Esse é
o exemplo que quer dá pra tua filha? Criar a menina dentro desse inferno!
MADALENA:
- Tia chega! Toninho só fez o que fez por que estava bêbado. Disse que
vai mudar, se arrependeu.
NILDA:
- Quantas vezes já não repetiu a mesma ladainha... Conversa! Não vai
mudar nunca. Nilda sai. (Madalena deixa
cair uma lágrima)
CENA XI
INTERNA/ NOITE / APARTAMENTO / QUARTO
- SALA
(Low está com insônia anda de um lado pra outro
dentro do quarto. Vai para sala, Beth se levanta e segue-o)
BETH:
- Low... Estou preocupada. Também
não consigo dormir.
LOW:
- Depois de tanto tempo, nos
descarta como fossemos um objeto inútil...
BETH:
- Do que está falando?
LOW:
- Fui demitido.
BETH:
- É só arrumar outro emprego.
LOW:
- Simples
assim! Acorda Beth. O Brasil está passando por uma crise econômica. Também não
sou mais um moleque.
BETH:
- Hei! Para com isso, você ainda
é muito jovem...
LOW:
- Há
Beth! No Brasil, passou dos quarenta, somos considerados velhos para o mercado.
BETH:
- Se é
velho para o mercado. Faça você mesmo o seu próprio mercado.
LOW:
- Tá ai... Sabe, você tem razão.
BETH:
- Agora vem... Vamos tentar
descansar. Amanhã com a cabeça mais fria, pensaremos em algo. (Saem)
Transição:
Noite / Dia
CENA XII
INTERNA /
DIA / COMUNIDADE
Nilda
está colocando roupas na máquina quando encontra no meio das roupas um cartão.
NILDA:
- Beth?...
Será que... Ah meu São Jorge Guerreiro! Será que é a Beth?
CENA XIII
INTERNA /
DIA / APARTAMENTO
(Low está
agitado, houve a campainha e vai atender)
LOW:
- Entra ai...
PAULO:
- Vim o
mais rápido que pude.
LOW:
- Que
bom! Cara! Acho que tenho a soluções para meus problemas.
PAULO:
- Que
bom, fico feliz! E o qual foi essa solução?
LOW:
- Música.
PAULO:
- Não
entendi
LOW:
- Faremos
uma dupla. Law e Low.
PAULO:
- É
brincadeira né?
LOW:
- Nunca
falei tão sério. E como sei que você toca na igreja...
PAULO:
- Ah... E
você vai cantar?!
LOW:
- Por que
não?!
PAULO:
- Deus
salve a américa! Por que estamos perdido!
LOW:
- Que?
PAULO:
- Nada. (Câmera
fecha em Paulo)
CENA XIV
EXTERNA /
DIA / RUA
(José
está passando pela rua e vê Beth conversando com Nilda)
NILDA:
-
Obrigado por ter vindo...
BETH:
- Que
isso Dona Nilda é um prazer lhe reencontrar.
NILDA:
- O que eu tenho pra conversar, tem que ser assim, pessoalmente. E
Madalena nem pode imaginar que tive essa conversa com você.
BETH:
- A
senhora pode ficar tranquila...
NILDA:
- Não
sabe o alívio que sinto... Minha filha, vou te contar tudo, ai você vai me
entender...
BETH:
- Nossa!
Estou curiosa.
NILDA:
- É minha
sobrinha... Minha filha, você não sabe da missa um terço... (Sobe música)
(Nilda
conta sobre as agressões que Madalena tem sofrido)
TRANSIÇÃO DIA/ NOITE / DIA
CENA XV
INTERNA /
DIA / APARTAMENTO - SALA
BETH:
- Só deve
está ficando maluco!.
LOW:
- Por
que, maluco?
BETH:
- Onde já
se viu? Low, músico?
LOW:
- Sim,
músico. Por quê não?
BETH:
- E desde
quando você canta?
LOW:
- Claro
que canto. Canto e encanto!
BETH:
- Não
faça-me rir...
LOW:
- Assim
me ofende. Onde está todo aquele apoio?
BETH:
- Sejamos
práticos... Low, você não canta e Paulo toca pessimamente mal.
LOW:
- Você
vai se impressionar com nossa estreia.
BETH:
- Você
não vai fazer isso Low...
LOW:
- Tarde
demais baby! Já investi no negócio...
BETH:
- Você
não fez isso... Low, eram nossas economias.
LOW:
- Você
pode nos empresariar, eu deixo... (Sai)
BETH:
- Low...
Mais essa.
CENA XVI
INTERNA /
DIA / COMUNIDADE
CAROL:
- OI?!
BETH:
- Oi
minha linda. Você deve ser a filha da Madalena.
CAROL:
- Sou. A
senhora quer falar com minha mãe?
BETH:
- Pode me
chamar de você meu bem. Quero sim.
NINA:
- Ela tá
lá na laje. Vou chamar. E a senho... você, quem é?
BETH:
- Uma amiga. Beth... (A menina
sai Beth fica sozinha, observa a casa. Chega Madalena)
MADALENA:
- Beth
BETH:
- Em
carne, osso e curiosidade...
MADALENA:
- Não
entendi.
BETH:
- Entendeu sim, Oh, Madalena! Sou eu, Beth. Sua melhor amiga, lembra? Eu
sei que as coisas não andam boas... Me deixa ajudar.
(Madalena
deixa escapar as lágrimas)
. MADALENA:
- Eu me
sinto tão envergonhada...
BETH:
- Você não tem do que se envergonhar. O criminoso aqui é ele. Seu
marido. E isso tem que parar... Você precisa dar um basta nisso. Você já ouviu
falar da lei Maria da Penha?
MADALENA:
- Já. Que adianta? Ele sai de casa, dão aquela tal de medida protetiva que
diz que o homem tem que ficar alguns metros da mulher... E do nada ele aparece
e tira a vida dela.
BETH:
- Compreendo a sua apreensão... Todas nós somos meias frustradas com a
lei. Mas amiga, é um começo pra mostrar que estamos prontas para lutar contra a
violência que muitas mulheres, assim como você sofre dentro de sua própria
casa.
MADALENA:
- Será
que vai dar certo?.
BETH:
- Tente. Não fique ai pacificamente sofrendo tudo isso. Se não consegue
fazer isso por você, faça pela sua pequena. Madalena, você não está sozinha
nessa luta. Essa luta é de todas nós mulheres!
(As duas
seguram as mão fortemente e depois se abraçam)
CENA XVI
EXTERNA /
NOITE / COMUNIDADE
VALDEMAR:
- Dona
Beth?!...
BETH:
- Oi seu Valdemar!.
VALDEMAR:
- Que faz
a senhora aqui?
BETH:
- Vim visitar uma amiga. E você, mora aqui?
VALDEMAR:
- Desde
que nasci. Não sabia que a senhora tinha uma amiga aqui na comunidade...
BETH:
- Madalena... Conhece?
VALDEMAR:
- Ih,
Dona Beth... Aqui todo mundo, conhece todo mundo! É uma pena né?
BETH:
- O que?
VALDEMAR:
- Não sei
se a senhora sabe... Não que eu goste de fofoca... Mas Madá, assim que a
conhecemos por aqui, era pra ser a rainha da bateria da Império do Futuro, minha
escola de coração! Mas no dia da final do concurso...
BETH:
- Já até posso imaginar...
VALDEMAR:
- O marido dela, recém casado, bêbado, não segurou a onda de vê aquele
mulherão nas plumas, subiu no palco e arrastou ela
pela comunidade na maior violência... E foi um deus pra capar! De lá pra
cá... Nunca mais Madá foi a mesma!
BETH:
- Que pena! Bom, mas tenho que ir. Amanhã te vejo lá...
VALDEMAR:
- Se Deus quiser! (Beth sai)
Quem diria... Beth na minha comunidade!
CENA XVII
INTERNA /
DIA / BAR
NINA:
- E ai,
quando será o show?
LOW:
- Não
será.
BETH:
- Beth
tinha razão.
NINA:
- Então
caíram em si!
LOW:
- Até tu
Nina!
NINA:
- Eu já
estava gostando de Law e Low! (Rir)
PAULO:
- Vai
zombando, vai...
LOW:
- Deixa
ela.
PAULO:
- Não tem
nada pra fazer não é, Nina?
NINA:
- Com
licença ... (Zomba. Sai)
LOW:
- Deixa
ela. Vou nessa!
PAULO:
- Hei? E
a conta?
NINA:
- E ai,
quando será o show?
LOW:
- Ah,
você não vai querer que eu... Oh, Paulo! Eu tô....
PAULO:
- Tá...
Já entendi. (Abre a carteira retira o
dinheiro e deixa em cima da mesa).
.(As duas seguram as mãos fortemente e depois se abraçam)
CENA XVIII
INTERNA /
NOITE / COMUNIDADE
(Toninho completamente
embriagado, caminha belo beco da comunidade com certa dificuldade. Ao entrar em
casa vê umas bolsas de viagem arrumadas)
TONINHO:
- Que
merda é essa?
CAROL:
- Não
mãe...
MADALENA:
- Vai
filha... Vou ficar bem... (A menina sai)
TONINHO:
- Que carnaval é esse? Vai embora é? Posso saber pra onde? Pra onde é
que a inútil da minha mulher vai, assim, de mala e cuia?
MADALENA:
- Em primeiro ligar, Toninho, o inútil aqui é você.
TONINHO:
- Tá a fim de perder os dentes sua vagabunda?
MADALENA:
- Encosta essa tuas mãos nojentas em mim e eu chamo a polícia. Te coloco
na cadeia por agressão,
TONINHO:
- Conversa!
MADALENA:
- Nunca ouviu falar da Lei Maria da Penha? Encosta em mim, e é com um
delegado que você vai ter que conversar.
TONINHO:
- Pra onde você vai?
MADALENA:
- Eu não. Você... E não me interessa pra onde vai.,, Acabou.. (Madalena pega as bolsas e joga pra fora
de casa) Sai daqui, só no dia em que. Não quero ver essa tua cara nunca
mais...
TONINHO:
- Você acha mesmo que vai se livrar de mim assim tão fácil? Tem que ser
muito burra mesmo! (Ele parte de modo
agressivo pra coma dela)
MADALENA:
- Vem Toninho.. (Pega uma faca)
Experimenta. Ele recua. (Pega as bolsas
e sai)
CAROL:
- Mãe... (Abraça)
NILDA:
Você está bem?
MADALENA:
Estou ótima. Tia, você pode ficar com Carol?
NILDA:
- Claro. Mas pra onde você vai?
MADALENA:
Fazer o que mais amo nesta vida... sambar!
(Câmera
fecha no sorriso de Madalena)
CENA XIX
INTERNA / NOITE / APARTAMENTO
(Beth prepara uma mesa, coloca uma vela no centro,
ela está arrumada e feliz)
LOW:
- Que
isso? Cortaram a luz?
BETH:
- Não.
LOW:
- Nossa!
BETH:
- Gostou?
LOW:
- Você
está linda!
BETH:
- Mesmo?
LOW:
- Mesmo.
BETH:
- Vem
cá... Senta.
LOW:
- Uau!
BETH:
- Gostou?
LOW:
-
Perfeita. Mas deve ter custado uma fortuna...
BETH:
-
Shissss! Não Low... Vamos comemorar,
LOW:
- É? E o
que vamos comemorar?
BETH:
- A vida
Low! Enquanto há vida, há esperança... E todos problemas são passageiros...
LOW:
- Só não
o cobrador!
BETH:
-
Palhaço. (Os dois caem na risada)
FIM
DIREITOS RESERVADOS
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