PERSONAGENS:
AÍDA
HIAGO (MARIDO DE AÍDA)
BLANSH (IRMÃ DE AÍDA)
RIAN (MARIDO DE BLANSH)
CONSTANZA (EMPREGADA DE AÍDA)
RIAN (MARIDO DE BLANSH)
CONSTANZA (EMPREGADA DE AÍDA)
HELLEN (EX-AMIGA DE BLANSH)
PHILIPE (SÓCIO DE AÍDA)
AÍDA
HIAGO (MARIDO DE AÍDA)
BLANSH (IRMÃ DE AÍDA)
RIAN (MARIDO DE BLANSH)
CONSTANZA (EMPREGADA DE AÍDA)
RIAN (MARIDO DE BLANSH)
CONSTANZA (EMPREGADA DE AÍDA)
HELLEN (EX-AMIGA DE BLANSH)
PHILIPE (SÓCIO DE AÍDA)
PRIMEIRO ATO
CENA
AÍDA:
- Entre, meu bem! Sinta-se em casa...
BLASH:
- Obrigada! Sinto-me constrangida.
AÍDA:
- Tolice! Somos uma família.
BLASH:
- Tem sido sempre tão generosa comigo!
AÍDA:
- Não faço por obrigação, mas por amor! Tenho certeza que faria o mesmo
por mim.
BLASH:
- Não tenha dúvidas!
AÍDA:
- Claro que não! Esta bolsa deve está pesando...
BLASH:
- Ah!
AÍDA:
- Pode colocar ai neste cantinho... quando Hiago chegar pedirei para levar
ao quando onde lhe hospedarei! Aceita um drinque?
BLASH:
- Uma soda. (Cai uma lágrima)
AÍDA: -Meu anjo! Não chore. sei que é difícil, mas, logo tudo isso passará, é só uma tempestade!
AÍDA: -Meu anjo! Não chore. sei que é difícil, mas, logo tudo isso passará, é só uma tempestade!
BLASH:
- Não entendo...
AÍDA:
- Escute, ainda é cedo. Com o tempo tudo isso irá se esclarecer!
BLASH:
- Por que as pessoas deixam de amar?
AÍDA:
- Existem várias formas de amor. O fato de estarem se separando, não
quer dizer que não se amem... muitas vezes as pessoas se amam verdadeiramente,
se amam tanto, que não conseguem ficarem juntas...
BLASH:
- Então não é amor.
AÍDA:
- É possível amar e não sentir paixão. Você pode viver com uma pessoa
cem anos e sentir amor, amor de verdade, mas... já paixão? Querida muitas vezes
um dia de paixão equivale a uma eternidade.
BLASH:
- Você acha que ele não sinta mais tesão por mim?
AÍDA:
- Jamais poderia afirmar isto. Mas acredito no possível... Acho que
estejam passando por um momento difícil! Meu bem, está claro que teu marido
ainda te ama!
BLASH:
- Se realmente me ama, por que então prefere me deixar? Não entendo!
AÍDA:
- Um relacionamento não é constituído só de amor... posso amar alguém e
guardar este sentimento só para mim, amor platônico, e o ser amado jamais
saber. Já a paixão, querida, esta é difícil de esconder, pois é explosiva!
Muitas vezes é o que move a relação, nos torna um bando de loucos capazes de
atos insanos!
BLASH:
- Acho que tem outra.
AÍDA:
- Blansh, querida! Não se torture. Alimentar estes pensamentos só
aumenta seu sofrimento!
BLASH:
- O que farei da minha vida agora, sozinha?
AÍDA:
- Não está sozinha! Ei, estou aqui! Além do mais tudo pode acontecer.
Acho que vocês só precisam de um tempo, refletir um pouco sobre a relação fará
bem para ambos. Quer saber acho que não demorará muito você e Riam vão reatar,
e isto não passará de um grande susto.
BLASH:
- Será?
AÍDA:
- Tudo é possível! O ser humano está sempre exposto à mudança.
BLASH:
- Adoraria tomar um banho...
AÍDA:
- Isso, meu bem! Um banho lhe fará relaxar... Venha, vou pedir a
Constanza para preparar um banho delicioso para você minha querida!
BLASH:
- Ida?! Obrigada. (Se abraçam e
saem)
CENA II
(houve-se barulho de cheveiro)
HIAGO:
- Querida?!
AÍDA:
- Amor...
HIAGO:
- Nada como a sensação de chegar em casa e encontrar você minha querida,
linda como sempre!
AÍDA:
- Sempre galanteador! Olha que acredito.
HIAGO:
- Pode acreditar. Nossa! Está linda, sempre encantadora.
AÍDA:
- Amor! (beija-o)
HIAGO:
- Você me inspira...
AÍDA:
- Ei!
HIAGO:
- Você é maravilhosa! Sabe como me deixar louco...
AÍDA:
- Vai com calma garanhão...
HIAGO:
- Que malas são essas?
AÍDA:
- Blansh.
HIAGO:
- Blansh, está...
AÍDA:
- Veio passar uns dias conosco.
HIAGO:
- Alguns dias?
AÍDA:
- Querido, é só por um tempo.
HIAGO:
- Isso já está se tornando palhaçada!
AÍDA:
- Haja com naturalidade. Pobrezinha! Está tão fragilizada.
HIAGO:
- Que houve desta vez?
AÍDA:
- Agora me parece que é pra valer... Querida, vamos dar de todo apoio
possível, neste momento Blansh precisa de nós.
HIAGO:
- Claro!
AÍDA:
- Ótimo! Sabia que poderia contar com você!
HIAGO:
- Sempre.
BLANSH: (vestida de ropão)
- Hiago...querido! (beija-o no
rosto) Estou invadindo o espaço de vocês, mas prometo que não será por
muito tempo.
HIAGO:
- Seja bem vinda cunhada, fique o tempo que for preciso. Somos sua
família, nesta casa você é sempre bem-vinda.
BLANSH:
- Obrigada querido! Mas prometo que vou tentar resolver minha situação o
mais breve possível.
AÍDA:
- Que bobagem Blansh.
BLANSH:
- Não quero lhes causar incômodo!
AÍDA:
- Incômodo algum.! Pare com isso minha querida, assim me deixa chateada.
Hiago querido pode nos ajudar? Por favor, leve esta mala no quarto de
hospede...
HIAGO:
- Claro!
AÍDA:
- Ótimo querido!
BLANSH:
- Obrigada Hiago. Sempre tão gentil!
AÍDA:
- Não demore querido. Já pedi algo para o jantar.
HIAGO:
- Bem pensando! Estou faminto. Espero que seja uma de suas
especialidades...
AÍDA:
- Zombando de mim!? Que não faço para agradar meu maridinho!
HIAGO:
- Blansh fique a vontade, sinta-se em casa!
BLANSH:
- Obrigada! (ele sai) É tão
bonita a relação de vocês. É como se fossem um eterno casal de namorados,
desses que só vemos em livros ou folhetins. Dá pra vê o amor, a tão comentada
paixão nos olhos de vocês...
AÍDA:
- Ingredientes necessários na vida de um casal. Cumplicidade!
BLANSH:
- Exatamente o que nos faltava!
AIDA:
- Oh, querida!
BLANSH:
- Sinto tanta falta do meu casamento.
AIDA:
- Do seu casamento?
BLANSH:
- Força de expressão!
AIDA:
- É de ser estranhar...
BLANSH:
- Você leva tudo ao pé da letra!
AIDA:
- Se ama, com o parece...
BLANSH:
- Duvidas de meu amor?
AIDA:
- Não, claro que não! Querida, só estranhei a forma que você declarou
sentir falta. É como se sentisse falta do compromisso, das conveniências
sociais e não do Rian.
BLANSH:
- Amo Rian. Deus sabe o quanto!
AIDA:
- Também vejo isso. Sinto verdade quando diz amar.
BLANSH:
- Por que a vida tem que ser assim, seguir este rumo, sempre o caminho
mas difícil?
AIDA:
- Os problemas existem!
BLANSH:
- Tantos desencontros!
AIDA:
- Quem sabe, a vida não está pondo em prova nossas convicções?!
CENA III
HIAGO:
- Como vai?
RIAN:
- Não tão bem quanto você, mas vou levando...
HIAGO:
-Sinto muito por tudo isto!
RIAN:
- Não sei como as pessoas podem mudar tanto! quando a conheci, Blansh
era tão doce, delicada, de uma generosidade incrível! Era tudo tão divertido,
tão...bonito! cheguei acreditar que seria para sempre! Entende?
HIAGO:
- Oh, meu amigo! Sei que é duro! Vejo que está sofrendo...
RIAN:
- Bastante!
HIAGO:
- Então? Por que não deixa o orgulho de lado e se entende com sua
mulher?
RIAN:
- Se as coisas fossem tão simples assim!?
HIAGO:
- Muitas vezes as complicamos demais!
RIAN:
- Nunca pude pensar que...
HIAGO:
- Rian, olhe pra você... cara, não está sendo diferente para ela. Ambos
estão sofrendo com esta separação!
RIAN:
- É a única solução aplausível neste momento!
HIAGO:
-Já brigaram tantas outras vezes...
RIAN:
- Sei disso! Mas agora é pra valer.
HIAGO:
- Prefere viver assim? Sofrendo? Chorando pelos cantos, bebendo se
acabando aos poucos?
RIAN:
- Tenho orgulho!
HIAGO:
-E por isso vai se destruir?
RIAN:
-Não merece meu amor, meu respeito! Tenho que zelar por minha honra
cara.
HIAGO:
-Desse jeito?
RIAN:
- Preferiu jogar meu nome no lixo...
HIAGO:
- Briguinha boba, passa! Depois vai dar várias gargalhadas disso tudo.
RIAN:
- Pior que não! O que sinto por aquela mulher neste momento é ódio,
desprezo, nojo.
HIAGO:
- Olha! Vai se arrepender depois do que está dizendo...
RIAN:
- Quero esquecer que aquela desgraçada existe. Tirar ela do meu coração!
HIAGO:
- Rian, o que está acontecendo? Vamos cara, se abre comigo! O que está
lhe perturbando tanto? Existe algo que eu e Aída não sabemos sobre essa
separação?
RIAN:
- Já nem consigo dormir direito, toda as vezes que fecho os olhos, só...
HIAGO:
- Rian, sou teu amigo. Estou disposto a lhe ajudar, isto é, se quiser
minha ajuda. Tudo bem que eu seja cunhado dela, mas também sou teu amigo. se
quiser conversar, se abrir comigo, dividir um pouco essa dor que está te
correndo, prometo que se for o caso faço segredo sobre o que aqui for dito. Se
for o caso, nem Aída saberá, somos homens, adultos... Sinto que é bem mas grave
que eu imaginava.
RIAN:
- Nunca fui tão humilhado em toda minha vida...
HIAGO:
- É tão grave assim?
RIAN:
- Grave!... É a pior humilhação que um homem pode passar. Tenho até
vergonha de comentar, é sujo demais!
HIAGO:
- Não se sinta envergonhado! Quem sabe se dividir comigo, este fardo
fique mais leve... Te considero pra caramba, divide comigo essa dor. Sou teu
amigo não sou?
RIAN:
- Claro!
HIAGO:
- Então!
RIAN:
- Não sei nem por onde começar...
HIAGO:
- Que tal pelo começo.
RIAN:
- Frui traído cara! aquela vadia me corneou...
HIAGO:
- Ei, isto é uma acusação muito séria! Tudo bem que esteja com ódio, até
mesmo decepcionado! Mas, acusar sua mulher de infidelidade?
RIAN:
- Na minha cara, debaixo do meu nariz! E eu não percebia... Cego!
HIAGO:
- Não está dizendo coisa com coisa!
RIAN:
- Levava os caras pra transar na minha própria casa, em nossa cama...
HIAGO:
-Que absurdo é esse que que está me dizendo Rian?
RIAN:
- Hiago, eu vi. Ninguém me contou! Eu vi. Com meus próprios olhos. se me
contassem eu também não acreditaria. Blansh, não presta! É uma vadia da pior
espécie.
HIAGO:
- Que conversa é essa?
RIAN:
- Parece loucura, não é? Mas é verdade! Flagrei ela na nossa cama com
dois homens trepando. Cachorra!
HIAGO:
- Estou besta!
RIAN:
- Ainda teve a pachorra de dizer que eu merecia. Cara, até meus amigos
pra quem abrí as portas da minha casa, transaram com ela. alí ô, bem aqui,
debaixo do meu nariz. E eu? Inocênte. Batiam nas minhas costas e riam deste
corno!
HIAGO:
- Não está dando uma dimensão maior ao fato?
RIAN:
- A própria confessou, e sem nenhum remoço!
HIAGO:
- Deus!
RIAN:
- Cuidado Hiago! Está abrigando uma cobra em sua casa.
HIAGO:
- Não, não... Espera aí! Algo não faz sentido.
RIAN:
- É! É difícil de crer. Mas essa é a verdade. se me contassem, eu também
não acreditaria! Espero que aquela cadela nunca mais apareça na minha frente,
sou capaz de estrangular essa piranha!
HIAGO:
- Violência não o levará a nada.
RIAN:
- Irei parar na cadeia, mas antes verei aquela vaca debaixo de sete
palmos, direto para o inferno, onde é seu lugar!
HIAGO:
- Tira isso da cabeça...
RIAN:
- A morte dela é minha libertação!
HIAGO:
- Você não é um assassino...
RIAN:
- Ninguém nasce assassino, se torna!
HIAGO:
- Você está transtornado! Isso vai passar, e quando tudo isso passar irá
perceber que um único ato de violência contra ela não valerá apena. Mulher
nenhuma merece que desgrace sua vida por ela...
RIAN:
- Minha vida já está desgraçada! Merda! Por que, por que, por que fez
isso comigo?
HIAGO: (abraça)
- Fraqueza meu amigo! Fraqueza!
RIAN:
- Sem vergonhice!
CENA IV
BLANSH:
- Me acompanha? (com uma taça com champanhe)
HIAGO:
- Obrigado!
BLANSH:
- Ah, cunhadinho! Vai fazer desfeita!
HIAGO:
- Blansh, estou exausto!
BLANSH:
- Um bom motivo para relaxar!
HIAGO:
- Aída?
BLANSH:
- Minha irmã! Apaixonada por
trabalho. Foi sempre assim!
HIAGO:
- Sente-se melhor?
BLANSH:
- Vou sobreviver! Champanhe? Perdão. Homens como você preferem um bom wisk!
HIAGO:
- Acho melhor não!
BLANSH:
- Que isso! Medo? Não faça desfeita.
É feio! Sou hospede. Não é educado deixar uma dama beber sozinha! Com gelo ou
sem gelo?
HIAGO: - (afasta)
BLANSH:
- Ei, calma! Não mordo não. Só
quando a situação pede... Sou inofensiva. Uma delicada borboleta!
HIAGO:
- Conversei com Rian...
BLANSH: (tensa) -Deve ter lhe dito um monte de mentiras a meu respeito!
BLANSH: (tensa) -Deve ter lhe dito um monte de mentiras a meu respeito!
HIAGO:
- E qual é a verdade?
BLANSH:
- Em que se quer acreditar! É
muito difícil amar... amor sem paixão é como festa sem música, a gente perde o
ritmo!
HIAGO:
- Não quero me intrometer nas
vidas de vocês...
BLANSH:
- Mesmo não querendo, já o
fez!... Tenho certeza que deva ter ouvido muitas inverdades, que neste momento
está se perguntando se deve acreditar ou não...
HIAGO:
- Como sabe sobre o que conversamos?
BLANSH:
- Intuição feminina. Um homem com
orgulho ferido é capaz de qualquer coisa, até mesmo das mais vil mentiras.
HIAGO:
- Por que o orgulho dele estaria
ferido?
BLANSH:
- Rian não é como você meu caro,
não é dono da sua própria vontade, não é um homem de auto estima! digo isso por
que sei, ninguém o conhece melhor que eu. Confuso? Eu também estaria. Ih! Já vi
que se passa milhões de coisas nessa cabecinha... Pergunte. é só perguntar!
Posso tirar suas dúvidas... Estou aqui meu querido, desarmada, pronta para o
seu julgo. Só lhe peço uma coisa, uma única coisa, não me julgue sem antes me
dar a chance de me defender.
HIAGO:
- Quem sou eu para julgar alguém?
BLANSH:
- Tai, gostei? Quem? Quem é você?
Cá entre nós, um pecadinho você já cometeu, não já?!
HIAGO:
- Acho que já bebeu demais...
BLANSH:
- Admiro você. E respeito muito!
Interpreta tão bem o papel de marido perfeito...
HIAGO:
- Blansh, quando se ama não
precisa interpretar!
BLANSH:
- Bravo! Bravo! Que bela fala!
Digno de Shakespeare! Não tocou em sua bebida... não está a seu gosto?
HIAGO: (bebe)
- Rian comentou sobre traição...
BLANSH:
- E o motivo da traição? Ah, isso jamais será capaz de comentar! seria
vergonhoso pra Rian! Já pra mim posso lhe dizer que é, apenas triste! que mesmo
saber se traí meu marido?
HIAGO:
- É melhor paramos por aqui...
BLANSH:
- Sim, traí.
HIAGO:
- Blansh, você não precisa...
BLANSH:
- Rian, meu marido, meu homem, é
um impotente sexual!
HIAGO:
- Que?
BLANSH:
- Satisfeito? É isso aí! Sofre de
impotência sexual. Em nossa noite de núpcias pensei que fosse nervosismo,
mas...
HIAGO:
- Que está me dizendo?
BLANSH:
- Nosso casamento nunca foi
consumado. Tive que me virar como pudi, me satisfazendo nos braços de
estranhos...
HIAGO:
HIAGO:
- Se isso a deixava infeliz, por
que não pediu o divórcio?
BLANSH:
- Jurou que se eu o largasse, se
mataria. Tive pena!
HIAGO:
- Pena?
BLANSH:
-É, pena!
HIAGO:
- Sinto muito!
BLANSH:
- Só eu sei o que passei. Agora,
pode me julgar como achar melhor. (sai)
CENA V
(HIAGO ESTA NA COZINHA BEBENDO UM COPO COM ÁGUA, BLANSH ENTRAESTÁ SAÍDO DO BANHO, VESTE APENAS UM ROPÃO)
BLANSH:
- BOA TARDE!
HIAGO:
- BOA TARDE BLANSH.
BLANSH:
- CANSADO?
HIAGO:
- UM POUCO.
BLANSH:
- ME ACOMPANHA NUM DINQUE?
HIAGO:
- NÃO. OBRIGADO!
BLANSH:
- TEM MEDO?
HIAGO:
- NÃO ENTENDÍ...
BLANSH:
- PARECE ESTA O TEMPO TODO SE DEFENDENDO.
HIAGO:
- IMPRESSÃO SUA.
BLANSH:
- SERÁ?
HIAGO:
- DE CERTO QUE SIM!
BLANSH:
- DE QUE TEM MEDO?
HIAGO:
- MEDO EU? DE ONDE TIROU ESTA IDÉIA?
BLANSH:
- AS VEZES TENHO DÚVIDA...
HIAGO:
- DÚVIDA DE QUE?
BLANSH:
- SE ESTE MEDO É DE MIM OU, DE VOCÊ...
HIAGO:
- POR QUE TERIA DE MEDO DE VOCÊ?
BLANSH:
- SEI LÁ! SOU INCAPAZ DE FAZER MAU A UMA MOSCA.
HIAGO:
- ENTÃO ISTO NOS LEVA A CRER...
BLANSH:
- QUE TENS MEDO DE SI.
HIAGO:
- QUE LOUCURA É ESSA?
BLANSH:
- ACHO QUE NÃO SE CONHECE O TANTO QUANTO SE IMAGINA!
HIAGO:
- E VOCÊ É EXCPERT NO ASSUNTO?
BLANSH:
- BEM MAIS QUE IMAGINA MEU BEM.
HIAGO:
- ONDE QUER CHEGAR?
BLANSH:
- ONDE PODE CHEGAR?
HIAGO:
- BOM É MELHOR PARAR POR AQUI.
BLANSH:
- DARLIN, NÃO TENHA MEDO! NÃO SOU SUA INIMIGA. ME CONCIDERO BEM MAIS QUE
UMA AMIGA, AFINAL, SOU SUA CUNHADINHA!
HIAGO:
- COM LICENÇA!
BLANSH:
- ESPERE!
HIAGO:
- BASTA! ACHO MELHOR SE VESTIR. AÍDA PODE CHEGAR E NÃO GOSTAR DE VÊ-LA
ASSIM.
BLANSH:
- E VOCÊ O QUE ACHA? NÃO RESPONDES? ENTÃO GOSTA. E SE EU TIRASSE ESTE
ROUPÃO, ASSIM, O QUE ACHA? (ELE SAI) NÃO DOU UMA SEMANA E VOU TÊ-LO AQUI Ó, EM
MINHAS MÃOS.
CENA VI
AÍDA:
- Bom dia Contanza!?
CONTANZA:
- Bom dia, senhora!
AÍDA:
- Estava só esperando
você chegar...
CONTANZA:
- Estou atrasada,
senhora?
AÍDA:
- Não Contanza, Eu é que estou adiantada! Tenho que chegar mais cedo ao
escritório. Tenho um novo projeto para apresentar hoje e, estou naquela
correria...
CONSTANZA:
- Alguma
recomendação?
AÍDA:
- Já ia me esquecendo. Tenho visita! Minha irmã mais nova veio passar
uns dias conosco, a está hora deve está dormindo, está meia cansada, chegou de
viajem. Então lhe peço que a deixe dormir o quanto for preciso, caso não dê
para arrumar o quarto de hospede hoje, fica para outro dia. Meu Deus1 onde
enfiei a chave do carro?
CONSTANZA:
- É esta senhora?
AÍDA:
- Obrigada! Vou indo... Qualquer emergência liga no meu celular! Ah!
Hiago já saiu e acredito que vai almoçar fora, eu também não volto antes
do almoço. Se Blansh quiser algo passa a ela o telefone do restaurante... (sai)
CONSTANZA:
- Sim senhora, pode
deixar! Bom dia senhora!?
BLANSH:
- Bom dia! Isso é
hora de incomodar as pessoas?
CONSTANZA:
- Perdão senhora.
BLANSH:
- O que faz aqui?
CONSTANZA:
- Meu trabalho,
senhora.
BLANSH:
- Ai, para! Que coisa mais irritante. Parece um robô. Senhora!
CONSTANZA:
- Sou empregada de
dona Aída.
BLANSH:
- Empregada?
CONSTANZA:
- se quiser pode confirmar. o celular de dona Aída é...
BLANSH:
- Conheço o número. (pega o
telefone) Inferno! Ida?! Tem uma mulher aqui dizendo que é sua empregada...
Ah, então tá! É que levei um susto! Acordo e dou de cara com uma assombração.
Que nominho ein?! De onde tiraram esse? Tá bom querida, até mais tarde e um bom
trabalho!
CONSTANZA:
- A senhora me desculpe, não queria lhe incomodar...
BLANSH:
- O inferno está cheio de boas intensões! Constância, não é?
CONSTANZA:
- Constanza.
BLANSH:
- Constância,
contanza, tanto faz! Peço que não faça muito barulho que estou com uma terrível
dor de cabeça!
CONSTANZA:
- Sim senhora! Deseja
um remédio?
BLANSH:
- Não meu bem. Só um
pouco de sossego!
CONSTANZA:
- Se quiser posso lhe fazer um café...
BLANSH:
- Quando eu quiser, eu peço. Meu cunhado?
CONSTANZA:
- Seu Hiago...
BLANSH:
- Meu não. E não se fala seu.
Senhor! Tenho outro?
CONSTANZA:
- Saiu senhora. Assim
disse dona Aída!
BLANSH:
- Que dona?! Isso me irrita. Senhora! Dona fica pra quem tem boteco!
CONSTANZA:
- Perdão!
BLANSH:
- Perdoada! Mas, acho
melhor ficar de boca fechada. (pega
wisky) Nada como um bom wisky para acordar. (bebe) Este é do bom!(sai)
CONSTANZA:
- Que estranho, não tem que diga que irmã de dona Aída! Como pode, ter a
mesma criação e ser tão diferente? É Constanza, pelo jeito você vai ter muito
trabalho! (Sai)
BLANSH:
- Quem sabe meu
querido cunhado precisa de ajuda! A toalha! claro! A toalha...
CENA VII
CONSTANZA:
- Dona Aída...
AÍDA:
- Sim, Constanza?!
CONSTANZA:
- Poderia dar uma
palavrinha com a senhora?
AÍDA:
- Claro ,querida!
CONSTANZA:
- Me perdoa se vou
lhe parecer atrevida!
AÍDA:
- Algum problema
Constanza?
CONSTANZA:
- Não. É só uma
curiosidade!
AÍDA:
- Então...
CONSTANZA:
- A senhora deve
confiar muito em sua irmã, dona Blansh.
AÍDA:
- Claro que sim! Afinal
Blansh é minha irmã!
CONSTANZA:
- Imagino que acredite
conhecer bem sua irmã?
AÍDA:
-Praticamente, como
irmã mais velha, eu a criei.
CONSTANZA:
- É por isso sinta
responsável por ela?
AÍDA:
- Acho que é comum, nos sentimos responsáveis por quem amamos.
CONSTANZA:
- Claro! Mas talvez
por amar demais ñ conseguimos enxergar certas coisas.
AÍDA:
- O que está querendo
me dizer?...
CONSTANZA:
- Não quero me parece
enxerida, mas acredito que deve observa melhor o comportamento de sua irmã.
AÍDA:
- Como assim?
CONSTANZA:
- Não e adequado!
AÍDA:
- Continuo sem
compreender.
CONSTANZA:
- Talvez eu seja velha demais e tenha uma outra visão de convivência em
família.
AÍDA:
- São tantas as
voltas que continuassem entender. Constanza, o que está tentando me dizer.
CONSTANZA:
- Nada Senhora! Acho
que estou variando. Devo está ficando caduca!
AÍDA:
- Não. Por favor, continue...
CONSTANZA:
- Já terminei. Não e
nada.
AÍDA:
- Acha o comportamento
de minha irmã inadequado?
CONSTANZA:
- Um pouco. Só acho que a senhora deveria presta mais atenção nas
atitude de dona Blansh. Só assim acredito que intendera o que estou dizendo...
AÍDA:
- Constanza...
CONSTANZA:
- Perdão senhora, não costumo me intrometer na vida de meus padrões! Boa
noite dona Aída...
AÍDA:
- Boa. (Constanza sai)
CENA VIII
BLANSH:
- Ida!... Será que
poderia me emprestar um colar dos seus?
AÍDA:
- Claro querida! Vai
sair?
BLANSH:
- É, vou!
AÍDA:
- Hum! Nossa! Você
está linda!
BLANSH:
- Gosta?
AÍDA:
- Sempre foi assim!
Tudo lhe cai bem. Um anjo!
BLANSH:
- Sempre generosa! E
você minha irmã, o que vai fazer?
AÍDA:
- Ler!
BLANSH:
- Ler?
AÍDA:
- Ler.
BLANSH:
- Que programa!
AÍDA:
- Deveria ler mais...
BLANSH:
- Pode deixar quando chegar na terceira idade, se chegar! Terei muito
tempo para ler.
AÍDA:
- E onde vai, assim
tão linda?
BLANSH:
- Parecendo mamãe!
AÍDA:
- Talvez me sinta
assim! Sou um pouco sua mãe.
BLANSH:
- Tem coração muito
maternal.
AÍDA:
- Você acha?
BLANSH:
- Acho. Poderia aproveitar mais o tempo livre para fazer um programa com
o maridão! Um cinema, um teatro, um jantar e... depois...
AÍDA:
- Ando tão indisposta. Mas, não seria uma má ideia. Quem sabe outro
dia!? Vou me programar.
BLANSH:
- Talvez este seja seu problema. Se programa demais! As vezes é bom
deixar as coisas acontecerem naturalmente, ou fazer acontecer.
AÍDA:
- Bom, vê você assim,
tão animada!
BLANSH:
- Cansei de chorar.
Não quero morrer desidratada!
AÍDA:
- Posso saber onde
vai?
BLANSH:
- Por aí...
AÍDA:
- Por aí?
BLANSH:
- E em boas mãos!
AÍDA:
- Então vamos até meu
quarto, acho que tenho um colar perfeito para combinar com sua roupa.
BLANSH:
-Vamos nessa! (saem)
CENA IX
HIAGO:
- Bom dia, Contanza!
CONSTANZA:
- Bom dia senhor! (T) Senhor?...
HIAGO:
- Sim Contanza?
CONSTANZA:
- Não, nada...
HIAGO:
- Fale. Por favor,
fale!
CONSTANZA:
- O senhor poderá me
achar abusada...
HIAGO:
- E porque acharia
isto?
CONSTANZA:
- Pelo que gostaria de lhe dizer...
HIAGO:
- Pois diga...
CONSTANZA:
- Não sei se devo. Só
uma estranha, sua empregada...
HIAGO:
- Isso não é verdade.
Constanza, você é uma pessoa de confiança!
CONSTANZA:
- Gosto muito de dona
Aída e também do senhor.
HIAGO:
- Blansh! O que
Blansh fez? Disse-lhe algo que lhe desagradou?
CONSTANZA:
-As atitudes de sua cunhada me desagrada uma vez que sua irmã lhe abre a
porta da casa e lhe recebe como quem acolhe uma filha. Nunca vi alguém tão dedicada
a uma irmã como dona Aída!
HIAGO:
- O que está tentando
me dizer?
CONSTANZA:
- Perdão...
HIAGO:
- Continue...
CONSTANZA:
- O que estão fazendo não está certo. Sei que não devia, mas saiu. Foi
mais forte que eu!
HIAGO:
- Não sei que lhe dizer. Estou confuso!
CONSTANZA:
- Quem está de fora,
como eu percebe; é nítido!
HIAGO:
- Percebe... o que?
CONSTANZA:
- O inevitável. Dona Blansh não faz nenhuma questão de esconder...
Senhor, não sei bem o que está acontecendo, nem quero saber. afinal não é da
minha conta! mas lhe peço encarecidamente, não magoe dona Aída, ela não merece
isto.
HIAGO:
- Jamais seria capaz de magoar Aída. Amo minha mulher!
CONSTANZA:
- Então fuja da tentação. Ainda há tempo! Não se deixe seduzir pelas as
investidas desta mulher. Senhor Hiago, só o senhor terá a perder. Se não tiver
cuidado dona Blansh vai destruir sua vida. Vejo isso nos olhos dela, ela não se
importa com ninguém além dela, é egoísta demais. Pense nisso... livre-se desta
mulher o quanto antes! E me perdoe, só estou lhe dizendo tudo isto, por que
gosto demais do senhor e de dona Aída.
HIAGO:
- Constanza, por
favor...
CONSTANZA:
- Pode deixar senhor, por mim dona Aída não saberá...
HIAGO:
- Obrigado!
CONSTANZA:
- Pense no que lhe disse. Com licença... (sai)
CENA X
BLANSH:
- Bom dia querido!
HIAGO:
- Não gosto que me trate assim.
BLANSH:
- Assim como?
HIAGO:
- Com essa
intimidade!
BLANSH:
- Quer que eu seja formal contigo?!
HIAGO:
-Prefiro.
BLANSH:
- Darling?! Depois de tudo que houve ente nós?!
HIAGO:
- Não houve nada!
BLANSH:
- Somos mas que íntimos. Nos conhecemos muito bem, até melhor para
cunhados...
HIAGO:
- Quero que saia.
BLANSH:
- Como é?
HIAGO:
- Isso mesmo que ouviu.
BLANSH:
- Não ouvi! Não poderia ouvir este disparate.
HIAGO:
- Arrume suas coisas e saia imediatamente da minha casa.
BLANSH:
- Pirou? Você acha que vai me descartar, assim tão fácil? Pensa que sou
o que?
HIAGO:
- O que se mostra ser.
BLANSH:
- Ora meu querido... que imagem será que minha querida irmã faz de mim?
É sempre tão generosa, "quase mãe!" Não acha que vai ficar contra
mim, acha?
HIAGO:
- Não vou permitir que destrua meu casamento.
BLANSH:
- Quem disse que quero destruir seu casamento, de onde tirou essa ideia?
Nunca me importei ser a outra na tua vida.
HIAGO:
- Do que está falando?
BLANSH:
- Da forma que sempre me olhou. Olhar de desejo! Sempre me comeu com os
olhos. Me despia inteira, chegava ficar exitado. Minto? Negue que sempre me
desejou...
HIAGO:
- Você é muito vulgar mesmo!
BLANSH:
- Não é atoa que invado seus sonhos e tiço seus desejos mais ocultos...
HIAGO: (pega pelo braço)
- Você vai sair desta casa agora nem que eu tenha que lhe colocar pra
fora à força.
BLANSH:
- Está me machucando!
HIAGO:
- Isso é pouco pra que desejo fazer.
BLANSH: -Está me machucando! Seu brutamonte!
BLANSH: -Está me machucando! Seu brutamonte!
HIAGO:
- Odeio você!
BLANSH:
- Não voi isso que disse a meu ouvido ontem...
HIAGO:
- Prostituta!
BLANSH: (esbofeteia)
AÍDA:
- O que está acontecendo aqui? Que significa isto Hiago?
BLANSH:
- Está louco minha irmã! Tentou me agredir.
HIAGO:
- Aída...
AÍDA:
- Estou esperando! Acredito que tenha uma boa explicação...
HIAGO:
- Desculpe-me, mas perdi a cabeça!
AÍDA:
- Perdeu a cabeça? E por que perdeu a cabeça?
HIAGO:
- É que sua irmã fez uma piada de mau gosto...
AÍDA:
- Que tipo de piada? Blansh?
BLANSH:
- É que lhe chamei de gorda!
HIAGO:
- E eu naturalmente não gostei.
AÍDA: (ri)
- Estão se esbofeteando, só por isso? Tolos. Ora Hiago! Blansh! Estão
agindo como crianças.
BLANSH:
- Vou para meu quarto. (sai)
AÍDA:
- Que atitude mais infantil, querido! Se não os conhecesse, diria que
você estava agredindo Blansh.
HIAGO:
- Acho que já é hora de sua irmã seguir o caminho dela.
AÍDA:
- Que quer dizer com isso?
HIAGO:
-Precisamos de privacidade...
AÍDA:
- Entendi direito? Quer que eu vire as costas para minha irmã no momento
em que mas precisa de mim? Isso eu jamais faria. A menos que haja um motivo
incontestável!
HIAGO:
- Motivo?
AÍDA:
-É. Um motivo!
HIAGO:
- Sei que é sua irmã e, que se sinta responsável... e também tudo que
possa lhe dizer pareça uma ofensa, ou coisa assim...
AÍDA:
- Estou confusa! Não diz coisa com coisa... O que está acontecendo aqui?
Hiago por acaso está escondendo algo de mim? Por que se sente tão ameaçado com
a presença de Blansh? (Blansh entra)
BLANSH:
- Ciúmes!
AÍDA:
- O que?
BLANSH:
- Ciúmes! Ciúmes de cunhado. Me viu com Fernandes e veio tomar
satisfações com a alegação que eu ainda sou uma mulher casada e coisa e tal...
na verdade prefere me vê sofrendo, que feliz ao lado de outro homem, aí entra o
amigo, preocupado com Rian. Acredito que fiquei tão furiosa que perdí a cabeça.
é difícil explicar pro seu marido que estou livre, sou uma mulher separada e
posso viver minha vida como desejar.
HIAGO:
- Não nesta casa.
AÍDA:
- Esperem. Que isso Hiago?
BLANSH:
- Foi por isso que começou nossa discussão.
AÍDA:
- Blansh, é adulta. E agora está separada! É natural que queira viver
sua vida, sendo assim poderá sair com quem desejar.
HIAGO:
- É um direito que tem! Mas, não aqui debaixo do nosso teto.
BLANSH: -Acha que lhes faltei com respeito?
BLANSH: -Acha que lhes faltei com respeito?
AÍDA:
- Não. Claro que não!
BLANSH:
- Então não compreendo a atitude do meu cunhado! Bom, vou sair.
AÍDA:
- Onde vai?
BLANSH:
- Liguei para o Fernandes e pedi para ele me pegar aqui. O clima está
muito pesado! Vou dormir fora. Volto amanhã! Será melhor! assim vocês poderão
conversar com maior privacidade...
AÍDA:
- Blansh...
BLANSH:
- Ida... não quero lhe causar problemas! Numa boa acho que você e Hiago
tem muito para conversar. Até amanhã! (sai)
AÍDA:
- Até!
HIAGO:
- Quero esta mulher fora de nossa casa, de nossas vidas! (sai)
CENA XI
(Constanza procura Rian)
RIAN:
- Pois não?!
CONSTANZA:
- Boa noite, senhor?
RIAN:
- Boa. Que deseja
senhora?
CONSTANZA:
- Perdão! Mas, gostaria de conversar com o senhor.
RIAN:
- Lhe conheço?
CONSTANZA:
- Acredito que não.
RIAN:
- Que a senhora teria
para conversar comigo?
CONSTANZA:
- Posso entrar?
RIAN:
- Por favor!
CONSTANZA:
- Com licença! Posso
explicar...
RIAN:
- O que deseja
senhora?
CONSTANZA:
- Deixamos a formalidades! É meu rapaz, sua casa está precisando de uma
boa faxina.
RIAN:
- Não tenho tido
tempo!
CONSTANZA:
- Ou vontade?
RIAN:
- Como?
CONSTANZA:
- Meu rapaz, não
desista da vida! É tão moço, bonito. Tem tanto para viver! Ela não merece sua
ruína.
RIAN:
- Quem é a senhora?
Quem lhe mandou aqui? Por favor vá embora.
CONSTANZA:
- Não antes de
cumprir minha missão!
RIAN:
- Missão? Que missão?
CONSTANZA:
- Essa moça veio pra destruir muitas vidas, e cabe a nós, freia-la.
RIAN:
- Está falando de
Blansh? Quem é a senhora?
CONSTANZA:
- Temos que
desmascarar esse demônio em forma de anjo!
RIAN:
- A senhora a
conhece?
CONSTANZA:
- Infelizmente!
RIAN:
- De onde?
CONSTANZA:
- Trabalho para dona
Aída e senhor Hiago!
RIAN:
- Blansh está lá?
CONSTANZA:
- Está. E já começou infernizar a vidam deles! Está preste acabar com o
casamento...
RIAN:
- Ela e...
CONSTANZA:
- Sim senhor. E sem nenhum escrúpulo seduziu o próprio cunhado
aproveitando que a irmã viajava!
RIAN:
-Deus!
CONSTANZA:
- Agora fica infernizando a vida dele.
RIAN:
- Aída sabe?
CONSTANZA:
- Dona Aída nem desconfia. Mas o desejo da irmã é separar os dois.
RIAN:
- Amor?
CONSTANZA:
- Inveja!
RIAN:
- Deus! Que vadia!
CONSTANZA:
- Por isso estou aqui. Peço-lhe que me ajude...
RIAN:
- Como? Não sei se posso ajudar! Blansh, é cheia de artimanhas.
CONSTANZA:
- Tem que ter algo que possamos fazer! Peço que pense em algo, depois
lhe procuro.
RIAN:
- Não sei. Quero distância daquela peçonhenta!
CONSTANZA:
- Peço-lhe por meus patrões...
(retira um papel) Aqui está meu
telefone, se achar que pode ajudar, me ligue.
RIAN:
- Tudo bem...
CONSTANZA:
- Bom, agora preciso ir! Tenha uma boa noite.
RIAN:
- A senhora também.
CONSTANZA:
- Até logo! (sai)
RIAN:
- Até!
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