De: Marcondys França
Laura, mulher
rica que valoriza o trabalho e o dinheiro. Separada, mãe de um único filho,
mantém uma relação complicada com o filho.
Lucas, filho
único de Laura, não aceita o fato que a mãe tenha deixado seu pai e depois da
separação, sua relação com a mãe sempre foi fria e distante. Complicado,
rebelde vive intensamente a noitadas regadas a sexo, bebidas e drogas.
Dimas, homem
simples, separado de Laura não vê o filho há quinze anos, ao saber da doença do
filho retorna para o visitar.
Edgar, médico
responsável pelo tratamento de Lucas.
Uma
Enfermeira do hospital.
Bia, amiga de
Lucas.
O destino se recarrega da forma
mais complicada, em unir mãe e filho por meio de uma grave doença. Com o diagnóstico
de leucemia a proximidade da morte é apenas um pretexto de juntar mãe e filho,
e dar-lhes uma segunda chance de concertarem os erros do passado.
CENA I
Interna Tarde / Quarto de Hospital.
Laura entra no quarto, seu olhar é
frio, porém preocupado. Aproxima-se do leito onde está Lucas. Esboça um gesto de
ternura. Enxuga as lagrimas. Recua. Senta-se numa poltrona, cruza delicadamente
as pernas, há tenção em suas pernas percebida pelo balançar de seus pés. Olha
para os lados, morde os lábios para disfarçar a tensão. Abre a bolsa e retira
uma cigarreira, abre pega um cigarro, procura o isqueiro, põe o cigarro na
boca, quase ascendendo o cigarro olha para o filho na cama, lembra-se que não é
permitido fumar, desiste. Guarda tudo. Levanta-se e anda de um lado pro outro.
De costas para mãe Lucas percebe toda tensão da mãe. Em seu olhar tristeza e
ressentimentos. O silêncio só é quebrado pelo barulho do salto do sapato de
Laura.
MÉDICO:
- Boa tarde...?
LAURA:
- Boa tarde.
MÉDICO:
- A senhora deve ser
a mãe do nosso paciente.
LAURA:
- Sim sou. Laura.
MÉDICO:
- Doutor Edgar.
LAURA:
- Prazer. Qual o estado de saúde do meu filho?
MÉDICO:
- Podemos ir ao meu consultório? Creio que lá poderemos conversar
melhor.
LAURA:
- Claro.
A médico sai em companhia de Laura.
Lucas senta-se. Há preocupação em seu olhar. Câmera fecha nele.
CENA II
MÉDICO:
- Por favor,
sente-se...
LAURA:
- Obrigada.
MÉDICO:
- Então... O estado do Lucas é muito delicado.
LAURA:
- Por favor, não me esconda nada. Quero saber tudo...
MÉDICO:
- Não omitimos nada sobre um paciente a sua família. Claro
que, se ele, sendo maior, e nos pedir para que não conte nada a seus
familiares, mantemos o sigilo. Mas, como o Lucas não nos pediu sigilo algum...
LAURA:
- Que ele tem?
MÉDICO:
- Leucemia.
LAURA:
- Ele vai morrer?
MÉDICO:
- Está vivo. Há tratamento. Não será fácil, mas enquanto vive, poderá
desfrutar desse privilégio chamado vida, em companhia de seus familiares.
LAURA:
- Qual o melhor tratamento? Onde?
MÉDICO:
- Amor. Ao lado das pessoas que o ama. Vou lhe orientar sobre todo o
procedimento com relação ao tratamento para vencermos essa doença. Mas, já lhe
aviso antemão, o estado do paciente não é bom. Infelizmente a doença está em
estado bem avançado.
LAURA levanta-se e olha pela janela e por alguns segundo se perde em
pensamentos e parece ouvir um riso de criança, e uma voz chamar por mãe,
seguida da frase: Estou com medo. Rola de seu olhar frio uma lágrima.
MÉDICO:
- Sinto muito. Imagino que conheça um psicólogo... Mas neste cartão tem
um telefone de uma psicóloga muito boa, que sabe lidar com casos como este. O
Lucas vai precisar de um acompanhamento psicológico.
LAURA sai. A câmera a acompanha até que
ela some pelo corredor.
CENA III
Externa Tarde / Quarto de Hospital.
Laura anda pelo
jardim do hospital, não consegue segurar a tensão, chora desesperadamente.
Recosta num canto e chora sem controle. Um homem que passa, tenta ajuda-la.
HOMEM:
- A senhora está
sentindo-se mal?
LAURA:
- Tudo bem, Tudo bem...
Laura enxuga as
lágrimas e caminha em direção da entrada do hospital.
CENA IV
Interna Noite / Quarto do hospital.
Lucas mesmo fraco caminha pelo quarto.
Parece tenso, ansioso. Ouve passos, corre para sua cama e fica quase imóvel.
Laura entra. Senta-se. Silêncio. Ela está quase imóvel. Houve-se apenas o bater
do coração.
LUCAS:
- Por que
você veio?
LAURA:
- Por que sou
sua mãe.
LUCAS:
- Mãe...?!
LAURA:
- Não seja
sarcástico.
LUCAS:
- Veio
celebrar minha morte? Ter certeza que irá se livrar desse grande problema?
LAURA:
- Não seja
injusto...
LUCAS:
- Estou
morrendo Dona Laura, morrendo...
LAURA:
- Está vivo.
LUCAS:
- Então veio
até aqui armar seu teatrinho pra se redimir...
LAURA:
- Não. Vim
por que é meu dever... Sou sua mãe.
LUCAS:
- Te absorvo
desse dever. Pode ir embora... (Levanta-se e vai até a porta). Vai... Sai
daqui, vai embora. Me deixe em paz. Sai... vai...
Ao perceber que o filho está muito alterado, Laura
se levanta, mantém a altivez e sai. Lucas se enconca ao pé da cama e chora
desesperadamente.
- Droga,
droga... Droga!
CENA V
Transição cidade noite/dia.
Frente do Hospital
Interna Dia / Quarto do hospital
MÉDICO:
- Bom dia! Como está
se sentindo Lucas?
LUCAS:
- Ótimo. (Mente)
MÉDICO:
- Que bom. Sabe que para ter um bom resultado o tratamento tem que ser
seguido à risca. Sem exageros... Sem bebidas alcoólicas, noitadas e...
LUCAS:
- Terei que me tornar
um monge Tibetano...
MÉDICO:
- Se for preciso...
Por que não? O senhor está de alta.
LUCAS:
- Então poderei ir
embora?
MÉDICO:
- Sua mãe está lá
fora.
Lucas muda a fisionomia. A câmera fecha em seu olhar,
CENA V
Interna Dia / Interior do carro de
Laura.
Laura:
- Logo estaremos em
casa.
LUCAS:
- Quem disse que vou pra sua casa?
Laura:
- Lucas, você precisa da minha ajuda.
LUCAS:
- Engana-se. Sempre me virei sozinho. Sempre foi assim e assim será.
Agora você me deixa no meu apartamento ou desço deste carro e pego um taxi.
Laura:
- Lucas, logo vai começar fazer a quimioterapia...
Lucas abre o trinco da porta.
- Tudo bem. Te deixo em teu apartamento.
CENA VI
Transição cidade noite/dia.
Transição cidade dia/Noite.
Interna Noite / Apartamento de Lucas -
Quarto.
Lucas acende a luminária pega o telefone com
dificuldades, disca.
Laura:
- Alô?!
Lucas:
- Não estou bem...
Laura:
- Calma Lucas... Estou indo a caminho.
Lucas desliga o telefone está ofegante,
parece faltar-lhe o folego. A cena escurece, ouve-se barulho de sirene de
ambulância.
CENA VII
Interna dia / Casa de Laura - Quarto
LUCAS:
- Devia ter me levado pra meu apartamento.
LAURA:
- Quando vai se convencer que precisa de mim?
LUCAS:
- Isso lhe envaidece.
LAURA:
- Lucas... sei que nossa relação não é das melhores. Mas, te peço.
Deixe-me ajuda-lo.
LUCAS:
- Fazendo seu papel social dona Laura, diante da minha morte?
LAURA:
- Como você é cruel?
LUCAS:
- A verdade dói, né?
LAURA:
- Amanhã começa sua quimioterapia. (Sai)
Lucas se levanta pega
a calça jeans, vasculha o bolso. Encontra um pacote com baseado, vai para o
banheiro, enrola e fuma.
Transição cidade noite/dia.
Transição cidade dia/Noite.
CENA VIII
Interna Noite / Casa de Laura - Quarto
Lucas está na cama, chama pela mãe...
LUCAS:
- Mãe...
LAURA:
- Que foi? Que foi
Lucas?
LUCAS:
- Não estou nada
bem...
LAURA:
- Que está sentindo?
O que?
LUCAS:
- Me leva pro
banheiro.
LAURA:
- Se segura em mim.
Ele é levado ao banheiro
o vomita muito. Pálido e fraco é levado a sua cama por Laura.
LAURA:
- Deite-se um pouco.
Descanse.
Ele parece meio
inconsciente. Ela sussurra, deixa escapar uma lágrima.
- Meu pobre menino...
Cobre o filho. Ensaio um beijo, mas desiste.
CENA IX
LAURA:
- Alô?! É Laura. Lucas não está nada bem... (Sua voz é firme. Esconde a lágrima) Teu filho precisa de você...
Voz do telefone em off
DIMAS:
- Não tenho como largar tudo e ir para São Paulo.
LAURA:
- É seu filho.
DIMAS:
- Devia ter pensado nisso antes de me expulsar das vidas de vocês.
(Laura ouve os ruídos do telefone que
acabará de ser desligado)
LUCAS:
- Ele não vem, né?.
LAURA:
- Está ocupado...
LLUCAS:
- Que piada!
LAURA:
- Sinto muito.
LUCAS:
- Satisfeita? Conseguiu o que queria.
ELE VAI PARA O
BANHEIRO SE APOIA NA PIA DO BANHEIRO E SE ASSUSTA COM SUA APARENCIA. LAURA VAI
ATE A PORTA E PERCEBE MANCHAS NAS COSTAS DE LUCAS, ELE SAI DO BANHEIRO ELA DAR
ESPAÇO PARA ELE PASSAR. CAI A NOITE.
CENA X
Interna NOITE / Casa de Laura – Quarto de LUCAS
LUCAS:
- Laura...
LAURA:
- Que Foi?
LUCAS:
- Que isso?
A Gengiva de Lucas não para de sangrar.
LAURA:
- Calma Lucas... Vou ligar para sua médica.
Pega o celular, está preocupada. Disca.
- Alô... Dra Érica? Desculpe-me mas... É uma emergência...
CENA XI
Interna NOITE / Hospital
MÉDICO:
- Fiz alguns exames emergenciais... Vou lhe ser
honesto, a situação do Lucas é complicada. A doença parece avançar muito
depressa...
LAURA:
- E o que podemos
fazer?
MÉDICO:
- Não há como esperar... Temos que começar imediatamente com a
quimioterapia.
LAURA:
- Meu Deus!
MÉDICA:
- Não será fácil, sei que não... Mas ele precisará muito de sua força.
LAURA:
- E a febre?
MÉDICA:
- Já o mediquei...
LAURA:
- Ele estava reclamando de dores no abdome
MÉDICO:
- É um dos sintomas.
Há um aumento considerável no baço.
LAURA:
- Meu Deu!
DIMAS:
- Onde está meu
filho?
MÉDICO:
- O senhor é o pai?
LAURA:
- Infelizmente.
MÉDICO:
- Por favor...
(Saem, Laura fica.
Aperta os dedos entre as mãos, está tensa)
CENA XI
Interna NOITE / Hospital
MÉDICO:
- Lucas?... Tenho uma
visita pra você.
(Senta-se e encosta-se no leito com dificuldade)
DIMAS:
- E ai garotão?
LUCAS:
- Você? (Riso tímido)
DIMAS:
- Eu.
LUCAS:
- Como conseguiu
passar pela vigilância da dama de ferro?
DIMAS:
- Dei meu jeito.
Posso te contar um segredo? Nunca tive medo da tua mãe. Ladra, mas, não morde! (Rir)
LUCAS:
- Então por que foi
embora? Por quê me abandonou?
DIMAS:
- Não... Não te abandonei. Filho, continua na mesma casa que sua mãe,
era insuportável... e no duro, senti muito sua falta, mas sempre soube que
estava bem.
LUCAS:
- E agora veio se
despedir?
DIMAS:
- Não diz isso...
Você sair dessa...
LUCAS:
- Vai ficar?
DIMAS:
- Claro. (Sem convicção)
LUCAS:
- Você? (Riso tímido)
LAURA:
- Sei que o papo está bom, mas, Lucas, meu filho... Precisa descansar.
LUCAS:
- Meus ossos... Doem.
LAURA:
- Vai passar... Já foi medicado. (Cobre
Lucas) Podemos conversar? Lá fora.
DIMAS:
- Descanse garotão! (Saem)
(Lucas pega o celular debaixo do colchão e disca)
LUCAS:
- Bia... Escuta, preciso que venha ao hospital, preciso que você quebre
uma pra mim... Não, não é treta. Só preciso que me traga um beque! Que! Confia
em mim. Amanhã... (Desliga)
CENA XII
Interna NOITE / Hospital
LAURA:
- Que pensa que está
fazendo?
DIMAS:
- Vendo meu filho.
LAURA:
- Vai fazer a mesma
coisa que fez há 15 anos atrás?
DIMAS:
- Só quero está
próximo.
LAURA:
- Pra decepcioná-lo?
Quero ver o que fará quando as coisas se complicarem... Vai fugir outra
vez? Tem noção do que
está por vir?
DIMAS:
- Não, não tenho. Por
que não me diz...
LAURA:
- É duro dizer... Mas Lucas está morrendo.
DIMAS:
- Não o mate antes da hora. Está vivo. E enquanto houver esperança,
faremos tudo.
LAURA:
- Faremos? (Rir, tensa.)
DIMAS:
- Sim, faremos. Você com seu dinheiro. Eu com amor.
LAURA:
- Amor? Não seja ridículo... Onde esteve por todo esse tempo? Onde
esteve nos momentos que seu filho mais precisou de você?
ENFERMEIRA:
- Perdão... Sei que não deveria... Mas, aqui não é um local apropriado
para um acerto de contas entre vocês. Não é um momento de resolver diferenças,
mas, de unirem-se em prol do bem estar do filho de vocês.
LAURA:
- A senhora me
desculpe. É que esse senhor...
DIMAS:
- A senhora poderia
me explicar sobre o estado de saúde do meu filho?
ENFERMEIRA:
- Claro. Vamos até A sala do Dr. Edgar que ele poderá lhe explicar
melhor. Por aqui, por favor...
(A câmera fecha em
Laura que está tensa. Senta-se pega um cigarro. Lembra-se que não pode fumar.)
PASSAGEM DE TEMPO. ALGUNS DIAS DEPOIS...
CENA XII
Interna NOITE/ CASA/ Quarto de Lucas
LUCAS:
- Laura?
LAURA:
- Que foi Lucas?
LUCAS:
- Olha!
LAURA:
- Meu Deus!
LUCAS:
- Meu cabelo...
(Ele tem umas mechas de cabelos nas mãos)
LUCAS:
- Estão caindo...
LAURA:
- Por causa da quimioterapia... Lucas, sabe que tem que ser feito...
LUCAS:
- Não... não...
LAURA:
- Lucas... Dr. Edgar
disse...
LUCAS:
- Dane-se! Por que não me deixa morrer?
LAURA:
- Pelo amor de Deus
Lucas...
LUCAS:
- Me deixa sozinho...
(Ela sai. Ele pega um cigarro de maconha e prepara. )
LAURA:
- Lucas?
LUCAS:
- Que é?
LAURA:
- Que cheiro é esse?
LUCAS:
- Me deixa em paz!
(Laura força o porta. Entra.)
LAURA:
- Que pensa que está fazendo? Quer se matar?
(Pega o cigarro de maconha e joga no vaso e dá descarga)
LUCAS:
- Já estou morto!
LAURA:
- Pelo amor de Deus
Lucas...
LUCAS:
- Deus?! Que Deus é esse? Que me condenou a morte? Que Deus é esse... Me
responda?
(Há desespero na voz
dele. Ela o abraça fortemente como se tenta-se o consolar. Segura as lágrimas)
CENA XII
Interna Dia/ CASA/ Sala de Lucas
(Dimas está com uma tesoura na mão)
DIMAS:
- E ai campeão?
Preparado?
LUCAS:
- Manda vê...
(Dimas começa a
cortar os cabelos de Lucas, aos poucos Lucas vai se emocionando. Quando Dimas
corta a parte maior do cabelo do filho, passa a vez para Laura, que com uma
máquina de cabelo termina o corte. Há muita emoção.)
DIMAS:
- E então? Até que não ficou tão mal assim ...
Dimas abraça o filho e puxa Laura para um abraço coletivo.
Passam-se alguns dias
CENA XIII
Interna Dia/ Hospital/ Quarto.
DIMAS:
- Que houve?
LAURA:
- Teve uma recaída. Não está reagindo bem ao tratamento...
DIMAS:
- Meu Deus!
LAURA:
- Vai ficar alguns dias no hospital. O médico me preparou...
DIMAS:
- Não...
LAURA:
- Temos que ser fortes. Não demorará muito, nosso filho...
DIMAS:
- Não diz isso...
LAURA:
- Acredita em Deus?
Então reza.
DIMAS:
- Laura... Preciso me ausentar...
LAURA:
- Estava demorando.
DIMAS:
- Estou ausente há
muito tempo.
LAURA:
- Não mais do que já
esteve.
CENA XIII
Interna Dia/ Hospital
DIMAS:
- Lucas...
LUCAS:
- É você?
DIMAS:
- Sim... Sou eu
campeão.
LUCAS:
- Esse campeonato
perderei.
DIMAS:
- Nada disso! Vencerá. E eu vou está aqui pra fotografar você erguendo o
troféu.
LUCAS:
- Vai embora?
DIMAS:
- Apenas uma viagem curta. Resolver uns negócios...
LUCAS:
- Entendo. Não pode parar tua vida por minha causa.
DIMAS:
- Por você filho, faço qualquer coisa.
LUCAS:
- Vai tranquilo.
DIMAS:
- Logo, logo estou de
volta.
Dá um beijo na testa do filho.
LUCAS:
- Adeus!
DIMAS:
- Até logo. (Sai. Laura entra)
LAURA:
- Como se sente?
LUCAS:
- Normal...
LAURA:
- Normal?!
LUCAS:
- Laura?
LAURA:
- Sim?
LUCAS:
- Posso lhe fazer um pedido? Meu último pedido...
LAURA:
- Pode...
LUCAS:
- Me leva pra ver o mar. Quero morrer de frente pro mar...
LAURA:
- Claro meu filho!
Sai rápido e não
consegue segurar as lágrimas. Desaba dentro do banheiro.
CENA XIV
EXTERNA Dia/ PRAIA
Lucas está deitado no
colo de Laura. Laura está muito emocionada. Ele olha pro mar.
LUCAS:
- Mãe...
LAURA:
- Está com frio?
LUCAS:
- Obrigado!
Cai uma lágrima dos olhos de Laura
LUCAS:
- Eu te amo.
LUCAS:
- Também te amo, meu
filho!
Música suave.
Ele recosta a cabeça
no colo dela, há um silêncio. A imagem se funde ele deitado em seu colo e ele
caminhando para o mar, ela chora, hora de felicidade, hora de tristeza, antes
de entrar no mar ele olha pra trás e sorrir. Ela rir entre as lágrimas.
Sobe os créditos finais.
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